O Mercado livre removeu quase 6 milhões de anúncios da plataforma na
América Latina, de acordo com seu relatório de transparência referente ao
segundo semestre de 2021. A terceira edição do documento, divulgado na
quarta-feira (18/05), diz que o volume representa cerca de 1% dos mais de 585
milhões de anúncios publicados entre julho e dezembro do ano passado.
Segundo o Mercado Livre, a cada
denúncia recebida o sistema da plataforma remove em média oito vezes mais
anúncios irregulares. Menos de 1% do conteúdo moderado corresponde a denúncias
de usuários por meio do botão Denunciar, presente na publicidade, ou pelas
autoridades a partir de acordos e parcerias. Mas as equipes da empresa também
realizam buscas manuais com o apoio de centenas de funcionários.
O Mercado Livre conta com o Brand
Protection Program (BPP), programa que automatiza o combate à pirataria,
falsificação e fraudes na plataforma. Atualmente, o BPP tem mais de 6,7 mil
membros, titulares ou representantes de propriedade intelectual que usam
gratuitamente a ferramenta para denunciar produtos suspeitos de infringir
marcas registradas, direitos autorais, patentes e desenhos industriais. Houve
uma redução em 41,2% no número de denúncias do BPP, na comparação com o
relatório anterior.
“O número de
denúncias é proporcionalmente pequeno quando consideramos o volume de itens
anunciados diariamente no nosso e-commerce. Mesmo
assim, em cooperação com os titulares de DPI [direito de propriedade
intelectual], investimos para diminuir cada vez anúncios infratores, sempre com
foco na melhor experiência ao usuário”, ressalta Igor Donato de Araújo, gerente
de proteção à propriedade intelectual do Mercado Livre no Brasil.
O Mercado Livre recentemente foi alvo de acusações de empresários brasileiros. O Ministério da Economia estaria preparando uma medida provisória (MP) para inibir a atuação de marketplaces como Shopee, AliExpress e Mercado Livre.
Na época, o Mercado Livre respondeu que acompanha a discussão em torno
da medida provisória, mas que "não se enquadra no questionamento levantado
por parte do setor varejista e acredita que a adoção de boas práticas,
qualidade da oferta e experiência do usuário não dependem da nacionalidade de
pessoas ou empresas".
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