quarta-feira, 29 de junho de 2022

A história do McDonald’s e a relação com o registro de marcas

 



Refletindo sobre o filme Fome de Poder fica claro que os irmãos Richard e Maurice perderam não apenas a marca que criaram para o seu negócio / sua empresa, mas também o sobrenome da família.

Nesta situação, o INPI (além do que normalmente se exige) irá solicitar também uma autorização de registro de nome civil. O detentor do nome deverá assinar uma autorização de próprio punho para que o órgão registre-o como marca. A partir da oficialização, ele se descola da personalidade e pode ser utilizado comercialmente.

Só pode usar o ® de registro quem tiver a marca devidamente com o registro de marca junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), que é o órgão responsável pela propriedade industrial.

Que controla as marcas em todo território nacional. Quem não tiver obtido o certificado não pode fazer uso desse símbolo e da marca, pois poderá responder por falsidade ideológica. O uso inadequado da marca, também pode ser caracterizado como propaganda enganosa, fraude e concorrência desleal, que pode levar você a responder uma ação judicial com cobrança de multa por uso indevido, danos morais e royalties. Como saber se minha marca pode ou não ser registrada?

Consulte as marcas já registradas  (Forato Consultoria Marcas e Patentes) Antes de pensar em sua marca e em seu registro, é importante fazer uma consulta ao Sistema de busca de marcas do INPI. Nele, descubra se já existe alguma marca com o nome ou o desenho que você pretende registrar. A prioridade para o registro é sempre da empresa que o solicitou primeiro, mesmo que o processo ainda não esteja concluído.

 

Fome de poder

Por volta dos anos 50, um vendedor de máquinas de milk-shake não tão bem-sucedido, recebeu um pedido de seis liquidificadores. Ao conhecer lanchonete dos irmãos McDonald’s, Roy Kroc viu o potencial de um restaurante cujo custo era mínimo e o número de clientes cada vez maior.

 

Kroc, então, se candidatou para trabalhar como representante comercial da marca e, em 1955, começou a comercializar licenças / franquias. A venda das licenças deu certo e, em 1961, Kroc tinha “fome” de crescer, enquanto os irmãos McDonald’s não tinham a mesma ambição. Começou então uma discussão sobre a venda da empresa, que foi feita por 2,7 milhões de dólares, mais 0,5% na participação dos lucros.

Kroc, no entanto, nunca pagou a participação dos lucros, já que o acordo sequer foi formalizado por um meio de um contrato. Para evitar recolher impostos, fizeram um “acordo de boca”.

Kroc registrou a marca “McDonald’s” impedindo que os verdadeiros idealizadores, os irmãos McDonald’s, pudessem utilizá-la, a fim de retomar a ideia e a concepção original do negócio.

A simples falta do registro de marcas, neste caso, é simbólica para demonstrar que uma ideia de negócio e a criação de uma marca não bastam para proteger seus fundadores.

A história é tão maluca, que os criadores da marca tiveram até mesmo que mudar o nome da sua primeira lanchonete.

“Só é dono da Marca quem registra” - Denilson Forato. Ceo da Forato Consultoria Marcas e Patentes.

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